quarta-feira, 17 de junho de 2009

REUMODO ARTIGO CIENTIFICO FINAL

Torcidas organizadas: de símbolos a donos dos clubes de futebol. O papel da Internet nesse contexto
Aluna Gisela Gomes Pitanga


RESUMO

O proposto trabalho tem como objetivo principal pesquisar o nascimento das torcidas organizadas de futebol desde as primeiras décadas do Século XX, acompanhando o crescimento deste segmento até que ele alcance dimensões nunca antes imaginadas. A força da Internet como veículo propulsor deste crescimento, as conseqüências violentas para a sociedade e o papel da mídia web são abordados como fundamentais para que se mude o quadro atual de associação entre partidas de futebol e violência.

1.INTRODUÇÃO
As redes comunicacionais, condicionadas pelos intensos desenvolvimentos técnico e tecnológico presentes na segunda metade do século passado e início desse, são fenômenos de extrema importância no que se refere às transformações ocorridas nas sociedades contemporâneas. Ao falar-se em redes comunicacionais, considera-se duas vertentes: as redes convencionais e as redes avançadas.
Novos meios de comunicação permitem aos grupos humanos pôr em comum seu saber e seu imaginário, um coletivo inteligente que pode inventar uma nova democracia em tempo real. Daí o surgimento do conceito de comunidades virtuais.
Pierre Lévy (1995) defende que "esses agrupamentos podem ser entendidos como uma comunidade entre iguais, nas quais haveria um sentimento de homogeneidade e a ausência de hierarquias sociais". Além disso pode ser explorada a liberdade de expressão e a constituição de uma inteligência coletiva, nos quais se valorizariam a enorme heterogeneidade sócio-cultural dos seus participantes. É praticamente impossível imaginar o futebol fora desse contexto.
As comunidades virtuais, enquanto formadoras de uma consciência coletiva, não são um fenômeno recente, sempre existindo na formação e identificação dos torcedores de futebol. O que mudou foi a dimensão que os meios de comunicação deram aos grupos seguidores do esporte mais popular do mundo. Diversos fatores de identificação, criados e disseminados pelas diferentes possibilitaram o desenvolvimentos de vários elementos, com alcance territorial definido por esses meios de comunicação de massa. Formando-se, assim, o chamada “torcida virtual", que estabelece uma relação direta e inevitável com o relacionamento no “mundo real”.
Partindo desse pré-suposto, percebe-se a clara substituição das violentas torcidas organizadas pelas "torcidas virtuais", que tem controle fácil, estimulam mais rapidamente o consumo e incentivam o mercado do futebol. A relação entre as comunidades virtuais, os meios de comunicação de massa e os torcedores de futebol é o foco da discussão.
A noção de comunidade está ligada à idéia de um espaço para compartilhar, a uma sensação de pertencer a um grupo, a determinado agrupamento social.
Fica a impressão de que toda idéia de comunidade decorre para um único desejo do ser humano: o de pertencer a um grupo de indivíduos onde possa, em algum momento, partilhar sentimentos, ou opiniões, comuns. O amor a um clube de futebol torna-se marca de identificação. Manifestações de fidelidade e paixão por uma mesma agremiação criam fortes laços de união entre pessoas de diferentes classes sociais, etnias ou religião. Torcidas, portanto, partilham, no amor a um clube, de algo fundamental nos conceitos expostos: homogeneidade e de ausência de hierarquia.

2. A TORCIDA ORGANIZADA
Na década de 30 nasceram as primeiras torcidas uniformizadas, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Durante as primeiras décadas do século XX, alguns clubes contavam com torcedores símbolos, com liderança absoluta e disciplina rígida. A partir da década de 70 a relação entre o torcedor e o futebol muda. A televisão e o sucesso internacional do futebol brasileiro fazem surgir uma identidade nacional em torno do esporte. Além disso, o aumento no mercado de bens culturais, com os torcedores como consumidores em potenciais, estabelece uma nova relação.
A burocratização, estatutos e normas próprias passam a ser alicerces das torcidas organizadas, que se consolidam nos anos 80 e passam a ser, a partir daí, as grandes responsáveis pela violência crescente nos estádios de futebol. Tais organizadas seriam o sinalizador principal do futebol profissional, estabelecido cada vez como um mundo à parte, com regras próprias. Agregado a isso está o fim do chamado “futebol-arte”e o crescimento do “futebol-força”.
É factual que a sociedade atual é recheada de grupos ou tribos urbanas buscam identidades, apesar de diferenças internas, a fim de se diferenciarem da massa como um todo. Os membros desses grupos criam signos que os representam e os diferencia dos outros. No caso das torcidas de futebol, especialmente as organizadas, ao andar em bando, vestindo a camisa do seu time ou da própria torcida, eles conquistam o buscado destaque do todo.
Os membros dos grupos não apenas constroem para si uma nova forma de sociabilidade e de identidade, como também a desdobram na violência e na negação do outro. Além disso, a violência coletiva praticada por esses grupos de jovens, também parece indicar o êxtase de pertencimento, principalmente, quando a violência é mostrada através pela mídia.
No futebol os espectadores se comportam com uma vibração que vem conjugada a um contato corporal intenso e, por isso, violento. Para os torcedores, tal comportamento não tem nada de exacerbado, apenas faz parte de um processo inúmeras vezes repetido. Acontece que, considerando as regras civilizadas, há um exagero, visto que aquelas são experiências que afastam o domínio da hierarquia e da ordem, talvez reflexo de uma corporalidade presente nas arquibancadas que por si só já predispõe ao descontrole.

3. O TORCEDOR CONSUMIDOR
O futebol se converteu em um elemento útil para estimular a integração simbólica entre as nações. Há quem defenda que a assistência ativa aos espetáculos esportivos é um dever cívico, independentemente do gosto pelo esporte. Tanto que se liga diretamente o apoio a uma seleção nacional ao sentido de lealdade cívica.
O futebol se converte, na era neoliberal, em um monopólio do mercado globalizado. Neste início de século XXI, as torcidas, pouco a pouco, estão deixando de ser nacionais para assumir um caráter supranacional: clubes como o Barcelona ou o Manchester United, não somente contam com atletas das mais diversas origens geográficas, como agregam torcedores de muitas nacionalidades.
Portanto, não é de se estranhar que hoje as organizações de torcidas ganhem um amplo espaço virtual. O esporte produz uma paisagem de igualdade, mas, em contrapartida, ferve a busca pela diferenciação.

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existe uma crise ampliada pela globalização que aprofunda a exclusão social e que revela a fragilidade da representação e das instituições do mundo ocidental como referência de democracia. Democracia que não garante direitos iguais para os diferentes e aprofunda, através da dinâmica global, o distanciamento do poder decisório da realidade da vida cotidiana vivida e compartilhada pela população.
O incremento das novas tecnologias, em especial da Internet, está formando uma nova geração de admiradores do futebol, a, como dissemos acima, do torcedor globalizado. Além disso, cria uma relação entre clube e torcedor, que antes era impossível com a televisão ou o rádio. Neste contexto, a Internet desempenhará papel importantíssimo em virtude dos inúmeros recursos de comunicação que possui. Todas modificações devem alterar a cultura do futebol mundial. Resta saber de que forma essas novas tecnologias poderão provocar modificações na já mutante cultura do futebol mundial.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ensino a distância: industrialização da educação?


SEGUE ABAIXO O RESUMO DO ARTIGO POR SOLICITAÇÃO DA PÓS.


Aluna Gisela Gomes Pitanga

RESUMO

A Educação a distância surgiu na metade do século XX como incremento dos meios de transporte e comunicação que permitiram a implantação do ensino por correspondência. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias.


Niskier,1999, definiu que em comparando-se com a produção industrial de bens e serviços que podem ser reunidos no modelo que se convencionou a chamar de fordista, ou seja: racionalização, planejamento, formalização, estandartização, mecanização, divisão de trabalho, linha de montagem, produção de massa, mudança funcional, objetivação, concentração e centralização.


Com base nisto Otto Peters, (1983, P.111) afirmou que o ensino a distância é um método racionalizado de fornecer conhecimento que permite o acesso ao estudo a um grande número de estudantes independentemente de seu lugar de residência ou de ocupação. A posição foi rechaçada pelos intelectuais da área. Assim, surgiram dois modelos de ensino a distância: o primeiro num modelo de educação em massa e o segundo mais flexível e aberto.


Parece ser irrefutável que o modelo o ensino a distância ainda carrega uma forte herança com o modelo fordista de produção industrial. Visto a similaridade de características básicas: produção de pacotes educacionais, racionalização, alto controle nos processos de trabalho, burocratização, centralização da produção e etc. Este acaba por ser um sistema que apresenta aspectos negativos a serem mais bem observados, tais como desqualificação do quadro acadêmico, a desumanização e burocratização da aprendizagem.


Belloni, 2003, lembra que “a qualidade da educação deveria permanecer distinta dos modelos industriais, mas uma coisa é fato: modelos industriais de produção já penetram em todas as esferas sociais, e o setor educacional não é uma exceção”.


Entenda-se, portanto, que os parâmetros essenciais do ensino a distância são a separação professor/aluno, tendo meios técnicos para compensa tal separação. Cabe lembrar, contudo, que o sistema EaD não deve correr em paralelo ao sistema convencional de educação, mas sim como parte do mesmo, com princípios e valores fundamentados em teorias científicas de educação. Coloca-se como uma inovação, como algo capaz de gerar novas possibilidades de acesso ao conhecimento, à cultura e à tecnologia. Porém, historicamente, o setor da educação é resistente a mudanças. Fica somente a certeza de fugir de modelos unicamente econômicos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009


Soldados!!!!!!!!

Sentido!!!!!!!
Primeira tarefa: Definir Comunicação Digital


- Por definição didática simples, a comunicação digital é um mundo de múndo de mídias digitais que coloca toda a sociedade num círculo de informação. É a forma mais comum da sociedade atual se comunicar, nos propondo, assim, a atal globalização por meios digitais poderosos e absolutamente rápidos(às vezes nem tanto).
Cá eu acredito que estou, neste momento, com uma ferramente de comunicação digital em mãos e em uso: o blog. Ou seja, estou me utilizadando de um meio digital para comunicar-me com um determinado público.


Espero que seja esse o caminho....até a próxima.

O primeiro dos últimos!

Oi,

Esse espaço foi criado por exigência de uma das cadeiras da minha Pós-graduação....então vamos nessa!!!
Tudo nessa vida tem começo, meio e fim mesmo!!!

Iupiiiiiiii!!!!!!!!!!